Minha pele não queima e minhas costas não doem
Meus pensamentos não torcem a cabeça
E hoje não preciso das cápsulas de sonho
Estou em paz com minha mente e meu ser
Talvez a calmaria do entendimento alheio
Talvez apenas o conformismo sereno
A sensação branda de desapego do material
Abro a janela do quarto e ouço os sons da rua
e agradeço por estar cego mais uma vez
Levanto a minha cabeça e em minha mente
Lembro de sonhar com o céu e suas nuvens
Agradeço por estar vivo pra lembrar disto
E em meus sonhos poder voltar a ver
E ver apenas o que me faz bem
Pois o mundo de hoje tem poucas coisas
Que valem a pena de verdade de se ver